sábado, 2 de outubro de 2010

O ANALFABETO POLÍTICO

senado

“O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe,

da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio

dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro

que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que da sua ignorância política

nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante

e o pior de todo os bandidos,

que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e

lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Bertolt Brecht

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O VALOR DE UM SORRISO

Imagem1iu Você já pensou quanto custa um sorriso?

Analisando com o coração, sabemos que ele não custa nada pra quem o dá e enriquece, enchendo de felicidade a quem o recebe.

Quanto tempo dura um sorriso?

Não se pode calcular sua duração. Pode ser de apenas alguns segundos, mas de lembrança perpétua.

No lar, o sorriso gera um clima de felicidade; no trabalho, quebra barreiras, e o que é muito importante, se impõe decisivamente, como um sinal de profunda amizade, com conseqüências imprevisíveis e difíceis de imaginar.

O bem que o sorriso produz é incalculável: traz tranqüilidade e paz aos derrotados e alegria aos desiludidos. É uma nova luz, na escuridão, para os perdidos. O sorriso sempre foi o melhor remédio para os atribulados, porque é um dom gratuito, gerado em um coração generoso.

Para ser verdadeiro, ele não pode ser comprado, pedido, emprestado ou roubado. Ele só tem a plenitude do seu valor, quando é dado de coração, por alguém, gratuitamente, desinteressadamente.

Ao encontrar alguém na fossa, deprimido, cansado de tanta maldade, arrasado por tantas misérias humanas, alguém que não lhe possa dar um simples sorriso, antecipe-se você mesmo, em um momento tão difícil, seja generoso, vencendo todos os obstáculos pessoais e dê-lhe um dos seus sorrisos, com o coração nos lábios.

Amigo, se todos esses argumentos não forem suficientes para abrir um sorriso, lembro-lhe uma razão especial: Deus ama você, mesmo com dificuldade, sorria!

domingo, 5 de setembro de 2010

Traduzindo…

Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei
Que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era prá sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba...
Mas nada vai
Conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem...
Mesmo com tantos motivos
Prá deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta prá casa...

NEL FRATTEMPO

Cambiavano le stagioni e tutto era lo stesso

Ma io sò che qualcosa è sucesso

Mi sembra tutto cosí diverso

Ricordi quando noi due

Insieme ritevamo

Che tutto fosse eterno

Senza sapere

Che il "per sempre" sempre finisce.

Ma niente piú mai cambierà ciò che è rimasto

Quando penso a qualcuno penso solo a te

E perciò noi due stiamo bene

Malgrado i tanti motivi per lasciare tutto come sta

Tentare ancora o lasciarsi

Che cosa importa ormai

Stiamo ritornando a casa.

Renato Russo

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Os indiferentes

Odeio os indiferentes. Como Friedrich Hebbel, acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é a falta de vontade, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador inerte em que se afogam frequentemente os entusiasmos mais esplendorosos, o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas mulharas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heroica.
A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua.(...)
Odeio os indiferentes, também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram, e sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir como eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura, que vamos construir.(...)

Antonio Gramsci

terça-feira, 20 de julho de 2010

“A amizade é uma alma em dois corpos.” (Aristóteles)

PROCURA-SE UM AMIGO

Acolhida - Amizade (12)

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Vinícius de Moraes

domingo, 11 de julho de 2010

A ÁGUIA E A GALINHA

Animais (4)

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: -Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia. -De fato - disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. -Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas. -Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: -Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: -Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! -Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe: -Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: -Eu lhe havia dito, ela virou galinha! -Não - respondeu firmemente o naturalista. Ela á águia, possuirá um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: -  Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou...voou...até confurdir-se com o azul do firmamento."

sábado, 10 de julho de 2010

La vita è adesso

La vita è adesso

La vita è adesso,
Nel vecchio albergo
Della terra e ognuno in una
Stanza e in storia di mattini piú legerri e cieli
Smarginati di speranza e di silenzi da ascoltare
E ti sorprenderai a cantare ma,
Non sai perché
La vita è adesso
Nei pomeriggi appena freschi
Che ti viene sonno e le campane
Girano le nuvole e piove
Sui capelli e sopra i tavolini
Dei caffè all'aperto
E ti domandi incerto chi sei tu
Sei tu, sei tu, sei tu,
Sei tu che spingi avanti il cuore, ed il lavoro duro
Si essere uomo e non sapere, cosa sarà il futuro
Sei tu, nel tempo che ci fa più grandi e soli in mezzo al mondo
Con l'ansia di cercare insieme, un bene più profondo
E un altro che ti dia respiro e che si curvi verso te
Con una attesa di volersi di più senza capire cos'è
E tu che mi ricambi gli occhi in questo instante immenso
Sopra il rumore della gente, dimmi se questo ha un senso
La vita è adesso
Nell'aria tenera
Di un dopocena e musi
Di bambini contro i vetri e i prati che si lisciano
Come gattini e stelle che si appicciano ai lampioni millioni
Mentre ti chiederai dove sei tu,
Sei tu, sei tu, sei tu
Sei tu che porterai il tuo amore per cento e mille strade
Perchè non c'è mai fine al viaggio anche se un sogno cade
Sei tu che hai un vento nuovo tra le braccia
Mentre mi vieni incontro
E impanerai che per morire ti basterà un tramonto
In una gioia che fa male di più della malinconia
E in qualunque sera ti troverai non ti buttare via
E non lasciare andare un giorno per ritovar te stesso
Figlio di un cielo così bello perché la vita è adesso

(Composição: Claudio Baglioni / Interpretação: Renato Russo)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Audio: O segredo do amor

O segredo do amor


Eu quisera poder compreender o segredo do amor...
Por que é que ele é tão misterioso e avassalador?
De onde nasce o seu poderio? De onde vem toda a sua ternura,
de tal modo que alguém dê sua vida sem que seja loucura?

Quem me dera que fosse ele mesmo a dizer sobre si.
E a falar dos momentos de luta contra os anjos do mal...
O que faz com a indiferença? Onde vai quando encontra descrença?
E o que sente diante dos fatos que ferem a vida?

São perguntas que tocam no fundo e que mexem com meus sentimentos.
todas elas me pedem respostas, me inquietam por dentro.
Se ue fugir elas vão ter comigo, já não querem os meus pensamentos.
São apelos de amor e sentido do mistério que habita em meu peito.

Mas o amor não se deixa tomar, seu mistério é maior.
E não há quem invente um jeito de guardá-lo pra si.
Ele é paciência e bondade, nele existe total liberdade.
Quem deixou-se tomar por sua força conheceu a verdade.

Pois só ele responde as perguntas e os anseios que levo comigo.
Bem conhece as minhas certezas e o que eu mais preciso.
Encontrá-lo é não ter mais sossego, retornar não será mais possível.
Vou Pedir pra poder contemplá-lo, pois sem ele viver não consigo.

(Jorge Trevisol)

Vale a pena a tentativa e não o receio.
Vale a pena confiar e nunca ter medo.
Vale a pena encarar enão fugir da realidade.
Ainda que eu fracasse, vale a pena lutar.
Vale a pena discordar do melhor amigo e não apoiá-lo em suas atitudes erradas;
vale a pena corrigi-lo.
Vale a pena encarar-me no espelho e ver se estou certo ou errado.
Vale a pena procurar ser o melhor e aí...
Vale a pena ser o que for.
Enfim. Vale a pena viver a vida, já que a vida não é tudo que ela pode nos dar,
mas sim tudo o que podemos dar por ela.
Vale a pena acreditar em si mesmo.
Vale a pena confiar em seu reservatório interior.
Vale a pena fazer seu próprio destino.
Vale a pena marcar presença no mundo à sua volta e,
principalmente, no mundo dentro de você.
Vale a pena doar-se, pois ninguém pode multiplicar a si mesmo sozinho.
O indivíduo precisa primeiro dividir-se e servir a todos através
do pensamento e da caridade.
Vale a pena descobrir o verdadeiro sentido da vida!
Viva intensamente, cada segundo!
Faça a vida valer a pena!